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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Primeiros Socorros


Situações vitais
Que fazer em caso de acidente
• Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais.
• Afastar os feridos dos locais onde estes possa correr perigo (ex. estradas, fogo).
Quando não for restritamente necessário nunca se deverá mover um ferido!
• Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local bem visível e usar o colete de sinalização.
• Caso haja necessidade de chamar uma ambulância deverá mandar-se um terceiro. Nunca se deve deixar um ferido sozinho.
• Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do ferido.
• Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo.
A - 
Paragem respiratória - desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial.
B - Hemorragias - colocar o ferido numa posição correta; aplicar atadura que impeça a hemorragia.
C - 
Estado de choque - tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; proteção do frio.



Na maioria das situações, exceto nos casos de suspeita de fratura da coluna vertebral ou do pescoço, deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS).
Posição Lateral de Segurança

1 -
Vire o corpo da vítima inconsciente, mas ainda a respirar, para a posição lateral de segurança, o que impedirá que sangue, saliva ou a língua obstruam as vias respiratórias.

2 -
Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais perto de si. Cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que está mais próxima. 
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3 -
Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra a agarre pela anca mais afastada. 
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4 -
Vire a vítima de bruços, puxando-a rapidamente para si e amparando-a com os joelhos. 
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5 -
Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.
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6-
Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o tronco. Dobre a perna mais próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire o outro braço de debaixo do corpo. 
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Quando há fratura de um braço ou de uma perna ou por qualquer motivo esse membro não puder ser utilizado como apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desimpedidas.





Os 10 mandamentos do socorrista

1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospitalar de imediato ao chegar ao local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento). 


Paragem cardíaca

Sinais e sintomas
Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado algum desses sinais a ação deve ser imediata e não será possível esperar o médico para iniciar o atendimento.
O que fazer
Aplique a massagem cardíaca externa.
Como fazer a massagem cardíaca
Colocar a vítima deitada de costas em superfície plana e dura. As mãos do atendente de emergência devem sobrepor à metade inferior do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o tórax. A partir daí deve-se pressionar vigorosamente, abaixando o esterno e comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral. Em seguida, descomprima. Repetições: quantas forem necessárias até a recuperação dos batimentos. É recomendável a média de 60 compressões por minuto.
Cuidados
Em jovens a pressão deve ser feita com apenas uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida evita fraturas ósseas no esterno e costelas. Se houver parada respiratória juntamente com a cardíaca ambas devem ser realizadas, reciprocamente.

O que pode causar
Choque elétrico Estrangulamento Sufocação Reações alérgicas graves Afogamento.
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Ataque cardíaco
Sinais e sintomas
Dor, respiração, suores, vômitos e outros sinais.
O que fazer
Mantenha a pessoa sentada ou deitada, desaperte-lhe as roupas, cubra-o se sentir frio, não tente transportá-lo sem ajuda ou supervisão médica. Somente dê algum medicamento se a vítima se ela já faz uso e costuma tomar em emergências.

Paragem respiratória

Como detectar:
Observar os sinais graves: Se o peito da vítima não se mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem azulados, certamente houve parada respiratória.
Como fazer a respiração artificial ou de socorro: 
Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço, peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou garganta). Coloque a vítima em uma posição correta. Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação importante: ficar atento para reiniciar o processo a qualquer momento, caso seja necessário.
Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito se levante e deixe que o indivíduo expire livremente. Repita o processo na frequência de 12 a 15 vezes por minuto (aproximadamente uma insuflação de 5 em 5 segundos).
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Durante a insuflação deve verificar-se se a caixa torácica se eleva indicando nesse caso que a via respiratória se encontra livre.
Em certos casos, por exemplo, na presença de vómitos ou de lesões na cara, a insuflação pode ser praticada através de um lenço ou qualquer pedaço de pano colocado sobre a boca do acidentado.
Se a existência de lesões na cara, ou outros motivos, não permitirem praticar a respiração boca a boca, insuflar-se-á o ar pelo nariz. Neste caso, coloca-se uma mão uma mão sobre a sua fronte para manter a cabeça inclinada para trás, e com a outra se tapa a abertura bocal. Para não lhe comprimir as asas do nariz, abre-se a sua boca ao máximo.
Quando se suspeitar que exista uma lesão das vértebras cervicais procura-se fazer com que as vias respiratórias fiquem livres elevando com cuidado o maxilar da vítima, introduzindo lhe o polegar na boca ou pegando-lhe pelo ângulo do queixo.
Com crianças pequenas
Deitar a criança com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás. Levantar o queixo projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar. Colocar a boca sobre a boca e o nariz da criança e soprar suavemente até que o pulmão dela se encha de ar e o peito se levante. Deixe que ela expire livremente e repita o método com o ritmo de 15 respirações por minuto. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar.
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Cuidados:
Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas dela. Aja imediatamente, sem desanimar. Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas logo após recobrar a consciência. São aconselháveis café ou chá. O transporte da vítima é desaconselhável, a menos que seja possível manter o ritmo da respiração de socorro. A posição precisa ser deitada. Procure um médico e transporte a vítima quando ela se recuperar.
O que pode causar:
Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio. Procedimento: remover a vítima para local arejado e fora de perigo de contaminação. Em seguida, aplique a respiração artificial pelo método boca-a-boca.
Afogamento Procedimento: retirar a vítima da água. Inicie a respiração artificial imediatamente assim que ela atinja local plano, como por exemplo, no próprio barco. Agasalhe e comprima o estômago, se necessário, para expulsar o excesso de água. Sufocação por saco plástico Procedimento: rasgar e retirar o saco plástico, depois iniciar a respiração boca-a-boca.
Choque elétrico Procedimento: não tocar na vítima até ter a certeza que ela não está mais em contato com a corrente. Pode-se desligar a tomada quando possível ou tentar afastar a vítima do contato elétrico com uma vara ou algo semelhante que não seja condutor elétrico. Em seguida inicie a respiração artificial.
Abalos violentos resultantes de explosão ou pancadas na cabeça e envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos Procedimento: iniciar imediatamente a respiração boca-a-boca. Soterramento Procedimento: fazer respiração boca-a-boca vigorosamente, evitando novos desmoronamentos. Tentar liberar o tórax da vítima.
Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto Procedimento: desobstruir as vias aéreas e iniciar a respiração artificial.

Estado de choque

Sinais e sintomas
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta, rápida e irregular, visão turva, pulso rápido e fraco, semiconsciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas ou vômitos.
O que fazer
1 - Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades.
2 - Colocar a vítima em 
posição lateral de segurança (PLS) se possível com as pernas elevadas.
3 - Afrouxar as roupas e agasalhar a vítima.
4 - Lembre-se de manter a respiração. Fornecer ar puro, ou oxigênio, se possível.
5 - Se possível dê-lhe líquidos como água, café ou chá.

O que pode causar
Queimaduras, ferimentos graves ou externos Esmagamentos Perda de sangue Envenenamento por produtos químicos Ataque cardíaco Exposições extremas ao calor ou frio Intoxicação por alimentos Fraturas.
Desmaio
Pode ser considerado um leve estado de choque.
Sinais e sintomas
Palidez, enjoo, suor constante, pulso e respiração fracos.
O que fazer
1 - Colocar a vítima em
 Posição lateral de segurança com as pernas elevadas.
2 - Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a nuca.
3 - Desapertar as roupas que estejam apertadas.
4 - Nunca se deve dar de beber a uma pessoa desmaiada! Apenas quando recuperar o conhecimento (quando for capaz de segurar o copo por ela própria).
O que pode causar
Emoções súbitas, fadiga, ar sufocante, dor, fome ou nervosismo.
Acidente de viação

Procedimentos que o socorrista deverá seguir aquando de um acidente de viação:

1 - Parar imediatamente.
2 - Tomar medidas adequadas a evitar novos acidentes: utilização do triângulo depré-sinalização de perigo e das luzes de emergência.
3 - Comunicar, através do número nacional de emergência - 112, com a G.N.R. ou a Polícia e, havendo ferido, solicitar a presença de ambulância.
4 - Não deslocar os feridos, não puxar pelos seus membros, não lhes dar de beber (água ou álcool), não lhes retirar o capacete, não os deixar expostos ao frio ou intempéries.
5 - Deverão existir cuidados com a proximidade de combustível, ácido de bateria e fragmentos de vidros.
6 - Dever-se-á tentar retirar a vítima do carro desligando a viatura, libertando o cinto de segurança. Pegar na vítima por trás (pela roupa e pelos antebraços) e retirá-la do carro amparando sempre a cabeça de forma a não agravar lesões cervicais se for o caso.
Em caso de paragem respiratória deverá praticar-se imediatamente ao ferido a respiração artificial boca a boca.

Afogamento

Sinais e sintomasAgitação, dificuldade respiratória, inconsciência, parada respiratória, parada cardíaca.

O que fazer.
1 -
Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d’água.
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2 -
Procurar retirar os objetos estranhos que possam estar na boca e Iniciar imediatamente a respiração de socorro BOCA-A-BOCA, ainda com a vítima dentro d’água.
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3 -
Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a cabeça mais baixa que o corpo, quando fora d’água;

4 -
INSISTA na respiração de socorro BOCA-A-BOCA, se necessário.

5 -
EXECUTE a massagem cardíaca externa, se a vitima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas.

6 -
Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação.

7 -
Remova IMEDIATAMENTE a vitima para o SERVIÇO DE SALVAMENTO ou o hospital mais próximo.

Advertência
Se a pessoa que se afogar conservar o conhecimento corre-se o perigo de se deixar dominar pelo pânico e arrastar o socorrista.
O melhor será atirar-lhe alguma coisa a que possa agarrar-se, por exemplo, um remo. Em caso contrário, se segura à cabeça por trás e puxa-se pelas costas até terra.
Explicação científica
Entende-se por afogamento a asfixia em meio líquido

A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando umencharcamento dos alvéolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas.
No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre à paralisação da troca gasosa devida o líquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente sanguínea, e impedindo, também, que o CO2 saia do organismo. A partir daí as células que produziam energia com a presença de O2 (aerobiamente), passarão a produzir energia sem a presença dele (anacronicamente) causando várias complicações no corpo, como por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2).
Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2 causam vários distúrbios no organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do O2. Soma-se também a esses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de adrenalina na corrente sanguínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível aumento da frequência cardíaca, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração. A adrenalina provoca ainda uma constrição dos vasos sanguíneos da pele que se torna fria podendo ficar azulada. Tal coloração é chamada de cianose.
A água aspirada e deglutida provoca uma pequena alteração no sangue, tais como: aumento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hipovolemia) - dependendo do tipo de água (doce ou salgada) em que ocorreu o acidente - e destruição das hemácias. Com o início da produção de energia pelo processo anaeróbico, o cérebro e o coração não resistem muito tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte desses órgãos.

Alcoolismo

Sinais e sintomas
Agitação psicomotora, espasmos musculares (contrações) ou não, salivação intensa ("babá"), perda dos sentidos, relaxamento dos esfíncteres, podendo urinar e evacuar, durante a convulsão.

O que fazer
1 - Afastar objetos do chão que possam causar lesões ou fraturas
2 - Afastar os curiosos, dar espaço para a vítima
3 - Proteger a cabeça da vítima com a mão, roupa, travesseiro, etc.,
4 - Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra , evitando com isso que venha a se afogar
5 - Não imobilizar membros (braços e pernas), deixá-los livres
6 - Afrouxar roupas
7 - Observar se a respiração está adequada, se não há obstrução das vias aéreas
8 - Não tracionar a língua ou colocar objetos na boca para segurar a língua (tipo colher, caneta, madeira, dedos, etc.)
9 - Ao lateralizar a cabeça, a língua lateralizou-se também, liberando a passagem do ar.
10 - Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração
11 - Após passar a convulsão, se a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro.
12 - Não medique a vítima, mesmo que ela tenha os medicamentos. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e ela pode se afogar ao engolir o comprimido e a água.
13 - Se a convulsão for provocada por febre alta (geralmente em crianças), atenda da mesma maneira como descrito no atendimento e dê-lhe um banho com água morna de chuveiro, vista-a com roupas leves e providencie a atendimento médico.
14 - Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não a retire do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico. É grave e tem risco de vida, se for transportada inadequadamente, pode morrer.

Cuidados
Não discuta com o doente, não seja áspero ou autoritário. Não segure o doente, salvo para impedi-lo de ferir-se ou outrem.

Asfixia

Se o objeto está preso no nariz
1. Peça para que a pessoa respire pela boca.
2. Observe a localização do objeto. Se ele não tiver sido introduzido até o fundo, tente pressionar a base do nariz (no alto, próximo aos olhos) e empurrar o objeto para baixo.
3. Se isso não funcionar ou o objeto estiver alojado no fundo, procure socorro médico. Não tente forçar: você pode machucar a pessoa ou, pior, pressionar o objeto ainda mais para dentro.
Se a pessoa engasgou e respira sem dificuldades
1. Espere a pessoa tossir. A própria pressão do ar pode expulsar a comida para fora.
2. Você pode ajudar a expelir o objeto dando tapas nas costas da pessoa: coloque-se atrás dela e faça a pessoa se curvar para frente. Dê algumas pancadas no alto das costas entre as omoplatas. Cuidado com a força aplicada. No caso de crianças as pancadas deverão ser ligeiras.
3. Uma manobra de compressão também pode ajudar. Coloque-se por trás e junte suas mãos entre a cintura e fim das costelas do engasgado. Aplique pressão rápida e seguidamente.
4. Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a saída do objeto (uma bala engolida por uma criança, por exemplo). Isso pode piorar o engasgo, especialmente se ocorrer vômito.
Se a pessoa engasgou e não consegue respirar
1. Observe se a vítima começa a sentir falta de ar. Ela ficará desesperada e começará a ficar roxa. Se isso acontecer, o caso é grave, pois o objeto está obstruindo a passagem de ar.
2. Se o objeto for pontiagudo, não se deve fazer nada: apenas procurar socorro médico imediato.
3. Em outro caso, a solução é provocar o vômito, forçando com isso a saída do objeto. Isto é conseguido colocando seu dedo na garganta da vítima.
4. Se isso não funcionar, procure socorro médico imediato.
5. A dificuldade em respirar pode causar parada respiratória e desmaio. Tente fazer a respiração boca-a-boca, que pode forçar a movimentação do objeto e permitir que o ar volte a circular.

Eletrocussão

O que fazer
1. O mais rapidamente possível, fazer cessar a passagem de corrente elétrica através do corpo da vítima:
a) Cortando a tensão se o aparelho de corte estiver suficientemente acessível.
b)
 Com os indispensáveis cuidados, provocando um curto-circuito a fim de fazer funcionar os aparelhos de proteção.
c) Afastando os condutores da vítima ou esta daqueles. (O socorrista deve isolar-se para o lado da tensão - com luvas isolantes - e para o lado da terra com um estrado ou tapete de proteção).
2. Se a vítima estiver inanimada, libertá-la da dentadura ou óculos eventualmente existentes, desapertar-lhe o vestuário e iniciar imediatamente uma técnica de respiração artificial. Pedir a presença de um médico ou transportar a vítima para um posto de socorros mantendo a respiração artificial, mesmo durante o transporte, até que a vítima retome o conhecimento ou o médico tome conta do caso.
a)
 Se a vítima se encontrava suspensa pelo cinto de segurança no momento do acidente (sobre um apoio de linha aérea, por exemplo) o socorrista deve executar uma dezena de insuflações boca a boca antes de iniciar a descida e a meio desta.
b) No momento da reanimação a vítima pode apresentar movimentos convulsivos e tornar a perder o conhecimento. Nesse caso é necessário retomar a respiração artificial.
c)
 Não dar qualquer bebida à vítima enquanto estiver inanimada. Depois de reanimada não lhe dar qualquer bebida alcoólica mesmo que ela o peça.
d) Evitar o arrefecimento da vítima tapando-a com uma manta.
e) Se a vítima além de inanimada não tem pulso, fazer além de respiração artificial massagem cardíaca externa (2 socorristas) ou 15 compressões do coração seguidas de 4 insuflações de ar (1 socorrista).

3. Se a tensão causadora do choque for superior a 500 V e a vítima perdeu o conhecimento deve proceder-se inicialmente como se disse.
a) Dar-lhe de beber uma solução de 1 colher de café de bicarbonato de sódio em 3 decilitros de água.
b) Transportar a vítima para o hospital mais próximo e tentar recolher as urinas que eventualmente surjam durante o transporte para posterior análise.

4. Se a vítima apresentar queimaduras, não aplicar quaisquer drogas de ocasião. Desembaraça-las de eventuais corpos estranhos e protegê-las com gaze esterilizada. Ação mais completa deverá ser tomada por pessoal médico habilitado. Informe o hospital sobre o período de tempo que a vítima esteve em contato com a fonte de energia eléctrica.
Exposição ao calor
São mais vulneráveis ao calor, necessitando, por essa razão, de maior atenção:
- As crianças nos primeiros anos de vida
- As pessoas idosas
- Os portadores de doenças crónicas, nomeadamente os que sofrem de afecções cardíacas, respiratórias, renais, diabetes e doença mental
- As pessoas acamadas
- As pessoas obesas
O que fazer: de uma forma geral, tentar reduzir a temperatura do corpo. Retirar a vítima do local, humedecer a cabeça e o tronco com água fria, oferecer líquidos à vontade.
Ingestão de líquidos
Em condições normais, quando a temperatura ambiente sobe, o corpo, para manter a sua temperatura dentro de parâmetros compatíveis com um estado saudável, transpira.
Mas se essa transpiração for excessiva, o corpo pode desidratar e der origem a uma situação grave de saúde.
Pode também acontecer que o mecanismo da sudação não cause o abaixamento da temperatura corporal e, nesse caso, uma alta temperatura corporal, a par de um grau excessivo de desidratação, pode provocar danos irreversíveis no cérebro ou em outros órgãos.
É por isso fundamental aumentar a ingestão de líquidos, de preferência água ou sumos de fruta natural, ainda que não tenha sede, pois com frequência a sede é inferior às necessidades hídricas do indivíduo.
Esta situação torna-se mais preocupante nas pessoas idosas que, muitas vezes, não sentem sede, apesar de terem graus diversos de desidratação.
Se, devido a algum problema, estiver a seguir uma dieta com restrição de líquidos deve aconselhar-se com o seu médico sobre como proceder nestas situações.
Algumas bebidas, como as alcoólicas podem aumentar a desidratação, pelo que é desaconselhado, o mesmo acontecendo com as bebidas gaseificadas, com cafeína, ricas em açúcar ou quentes.

Sal e Minerais
Com a sudação perde-se uma quantidade importante de sal e minerais do organismo, podendo essa falta ser responsável por diversos sintomas como fraqueza, cansaço, dificuldade de concentração, cãibras, entre outras. É por isso, muito importante que, para além de garantir a hidratação, se reponham os sais minerais e o sal.
Esta reposição pode ser feita através de sumos de frutas, que contêm sais minerais no seu estado natural, ou, caso não seja possível, através de substâncias contenham esses minerais.
Com essa finalidade existem produtos vendidos nas farmácias ou em supermercados, como é o caso das denominadas bebidas dos desportistas.
Se houver indicação médica de dieta hipersalina (com pouco sal), ou se tiver insuficiência renal é aconselhável consultar o médico sobre a utilização destes suplementos e bebidas.
No domicílio
Se a sua habitação for muito quente e houver possibilidade, é conveniente, em especial nas horas de mais calor, visitar um local com ar condicionado, por exemplo, museu, biblioteca, centro comercial, cinema.
Nos momentos de calor mais intenso, recomenda-se também, sempre que possível, um duche de água tépida ou fria.
Reduzir a roupa da cama ao mínimo, sobretudo no caso dos bebés e doentes acamados.
Evitar os esforços físicos.
Baixar as persianas e abrir as janelas para diminuir a temperatura dentro de casa.
O uso de ventoinhas pode ser uma forma de baixar um pouco a temperatura, ao fazer circular o ar.
Em casa, especialmente quando se é portador de determinadas doenças crónicas do foro cardiovascular, aconselha-se a estar, durante alguns períodos de tempo, com os membros inferiores elevados.
ComidaEvitar comer muito às refeições e evitar, também, a comida “pesada” ou picante. Depois de comer, esperar/descansar um pouco antes de começar com tarefas que exijam esforço físico.
Pessoas em riscoAs pessoas em risco, por sofrerem de doença grave ou outra situação que as debilite nas situações de calor, devem ser vigiadas amiudadamente, para que possam ser socorridas, se for necessário.
Dentro de edifíciosSe precisar de se deslocar a edifícios sem ar condicionado e onde possam existir aglomerados de pessoas, tente fazê-lo fora das horas de maior calor, idealmente logo de manhã, especialmente se sofrer de doença cardiovascular ou se for idoso.
O que foi explicado anteriormente diz também respeito, por exemplo, à hora que escolher para ir à missa. É de todo conveniente que vá logo de manhã, em vez de ir à hora do almoço ou ao fim da tarde, porque há essas horas, devido ao calor e ao número de pessoas presentes, acontece com alguma frequência, sobretudo aos mais fragilizados, pela doença ou idade, sentirem-se mal ou até desmaiarem.
Exposição ao sol
- Evitar se possível, a exposição ao sol, ainda que por períodos curtos.
- Não permanecer em viaturas estacionadas ao sol, em especial, nas horas de maior calor e se pertencer ao grupo das pessoas citadas, no início, como mais vulneráveis.
- Se for necessária à exposição ao sol, usar chapéu, roupa larga, de cores claras e, de preferência, de tecidos naturais pouco quentes (por exemplo: algodão) e pôr protetor solar (com índice de proteção solar > 15). Sempre que possível, procurar locais à sombra, frescos, arejados e descansar ou diminuir o esforço físico durante certo período de tempo.
- Também se recomenda que os bebés e as pessoas idosas não devem ir à praia nos dias de grande calor.
AclimatarPara as pessoas que se deslocam de um lugar com clima frio ou temperado para um local quente é importante à aclimatação ao corpo, durante alguns dias, para aumentar a tolerância às altas temperaturas, antes de se exporem ao sol ou começarem a fazer exercício físico.
Golpe de calor
Esta situação ocorre quando o corpo não consegue controlar a sua própria temperatura. Os mecanismos da sudação falham e a temperatura sobe rapidamente, podendo, em 10-15 minutos, atingir os 39 graus Celsius, o que pode causar a morte ou uma deficiência crónica se não for prestado tratamento de forma célere.
Sinais e sintomas:
- Temperatura corporal alta
- Pele vermelha, quente e seca, sem suor
- Pulso rápido e forte
- Dor de cabeça
- Tonturas
- Náuseas
- Confusão
- Perda de consciência.
Perante esta situação é necessário:
- Procurar ajuda médica
- Baixar a temperatura corporal
- Procurar uma sombra ou um lugar fresco e usar os métodos possíveis para baixar a temperatura: banho de - água fria ou tépida, em banheira, com mangueira ou esponja.
- Se houver contrações corporais involuntárias, não dar líquidos e prevenir que a pessoa se magoe, colocando algo na boca que a impeça se morder
- Esgotamento devido ao calor
- Situação devida à perda excessiva de líquidos e de sal pela sudação. Torna-se especialmente grave nos idosos e hipertensos.
Desmaio
A pele pode estar fria e húmida. O pulso fica fraco e rápido. A respiração torna-se rápida e superficial.
Se os sintomas forem graves, ou se a pessoa tiver problemas de coração ou tensão alta, procurar ajuda médica imediata.
Se os sintomas não forem graves, ou enquanto o médico não chega, deve-se fazer arrefecimento, hidratação e proporcionar descanso.
Cãibras
Embora menos grave que as anteriores, esta situação pode também necessitar de tratamento médico.
Normalmente afeta as pessoas que suam muito, devido a exercício físico intenso, podendo também acontecer, apenas, devido ao calor.
As cãibras são especialmente perigosas nas pessoas com problemas cardíacos ou com dietas hipersalinas.
O que fazer:
Parar o exercício
Procurar um local fresco e calmo
Beber sumos ou bebidas com minerais
Procurar o médico se as cãibras não passarem ao fim de uma hora.
Feridas
Ferimentos Leves ou Superficiais
O que fazer
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS.

Cuidados
Não tente tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.
Ferimentos profundos (caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores).
Ferimentos abdominais abertos
Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa húmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.

Ferimentos profundos no tórax
Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

Ferimentos na cabeça
Procedimentos: afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e agasalhada. Faça compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde mais próximo.
Não dar de beber ou comer a um ferido. Não será aconselhável se tiver de ser operado. Os alimentos sólidos podem piorar o seu estado.
Ferimentos Perfurantes
O que são: Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc.
O que fazer:
Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho -
Como fazer. Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.
Cuidados:A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxada imediatamente.
Ferimentos na Cabeça
O que fazer:
Quando se suspeita que exista comoção cerebral (perda de conhecimento durante 1 hora, indisposição e vómitos
- Deverá evitar-se todo o esforço corporal.
- Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.
- Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras.
- Se o sangramento for ao nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado que está sangrando.
- Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a cabeça de lado.
- Deverá recorrer a tratamento médico.

No caso de feridas graves:
- Deverá praticar-se uma atadura protetora de uma eventual lesão traumática.
- Se o ferido tiver perdido o conhecimento deverá ser colocado em posição lateral de segurança (
PLS)
- Deverá ser transportado ao hospital de preferência em ambulância.
Nunca se deverá tentar tirar lascas de osso.


Ataduras:
Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha. Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:
A região deve estar limpa
Os músculos relaxados
Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, Ex: nos membros superiores, no sentido da mão para o braço
Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida
Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na pele local.

Fraturas

Em caso de fratura, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando maiores danos.
Existem 2 tipos de fraturas:
Fechadas: Quando o osso quebrou-se, mas a pele não foi perfurada.
Expostas: Quando o osso está quebrado e a pele rompida.
Deve-se desconfiar de fratura sempre que a parte suspeita não possua aparência ou função normal ou quando haja dor no local atingido, incapacidade de movimentar o membro, posição anormal do mesmo ou, ainda, sensação de atrito no local suspeito.
Fraturas fechadas
O que fazer: Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível, sem desconforto para a vítima. Imobilize a fratura, movimentando o menos possível.
Ponha talas sustentando o membro atingido. As talas deverão ter comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura. Qualquer material rígido pode ser empregado, como: tala, tábua, estaca, papelão, vareta de metal ou mesmo uma revista grossa ou um jornal grosso e dobrado. Use panos ou outro material macio para acolchoar as talas, a fim de evitar danos à pele. As talas devem ser amarradas com ataduras, ou tiras de pano não muito apertado, em no mínimo, quatro pontos: abaixo da junta, abaixo da fratura
acima da junta, acimada fratura
Outro recurso no caso de fratura de perna é amarrar a perna quebrada na outra, desde que sã, tendo o cuidado de colocar entre ambas um lençol ou manta dobrados.
Fraturas expostas
O que fazer: Coloque uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento
Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando uma bandagem forte - gravata tira de roupa, cinto etc.
No caso de hemorragia grave, siga as instruções da página de hemorragia
Mantenha a vítima deitada
Aplique talas, conforme descrito para as fraturas fechadas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural
Transporte a vítima somente após imobilizar a parte fraturada
Chame ou leve o paciente a um médico ou a um hospital, de carro ou de ambulância, tão logo a fratura seja imobilizada.
Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fratura tenha sido imobilizada, a menos que a vítima se encontre em iminente perigo.
Lesões na coluna vertebral
O que fazer: Ter cuidado no atendimento e no transporte fazendo imobilização correta. Manter a vítima imóvel e devidamente agasalhada. Verifique a respiração e esteja pronto para iniciar o método boca-a-boca, se necessário.
Luxações ou deslocamentos das juntas (braço, ombro).
Observe os sinais: Deslocamento de ossos e juntos do lugar.
Entorses e distensões
O que fazer: Trate como se fosse fraturas. Aplique gelo e compressas frias no local.
Cuidados: O calor aumenta a dor e o inchaço, portanto nada de aplicar nada quente sobre a região afetada.
Hemorragias

A perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo - veia ou artéria.
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em minutos. Não perca tempo!
Estanque a hemorragia 
- Use uma compressa limpa e seca: de gaze, de pano ou mesmo um lenço limpo elevando a parte do corpo que sangra.
- Coloque a compressa sobre o ferimento
- Pressione com firmeza
- Use atadura, uma tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha a mão para amarrar à compressa e mantê-la bem firme no lugar
- Caso não disponha de uma compressa, feche a ferida com o dedo ou comprima com a mão evitando uma hemorragia abundante
- Pontos de pressão - calque fortemente, com o dedo ou com a mão de encontro ao osso, nos pontos onde a veia ou a artéria são mais fáceis de encontrar. Esses pontos são fáceis de decorar, desde que você os observe com atenção.
- Se o ferimento for aos braços ou nas pernas, sem fratura, a hemorragia será¡ controlada mais facilmente levantando-se a parte ferida.
- Se o ferimento for à perna - dobre o joelho. Se o ferimento for ao antebraço - dobre o cotovelo. Mas sempre tendo o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.

Atenção
Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de amputação ou esmagamento de membros e só podem ser colocados no braço ou na coxa.
Como fazer um torniquete- Use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda, barbante ou outros materiais muito finos ou estreitos que possam ferir a pele.
- Enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna, logo acima do ferimento.
- Dê um meio nó
- Coloque um pequeno pedaço de madeira no meio nó
- Dê um nó completo sobre a madeira.
- Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia. Fixe o pedaço de madeira.
- Marque com lápis, batom ou carvão na testa ou em qualquer lugar visível da vítima, as letras "TQ" (torniquete) e a hora.
- Não cubra o torniquete.
- O torniquete só deve ser usado quando outro método não for eficiente ou se houver somente um socorrista e a vítima necessitarem de outros cuidados importantes.
- Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemorragia não voltar, deixe o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado em caso de necessidade.
Atenção
A qualquer tempo se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para reestabelecer a circulação, reapertando a seguir caso prossiga a hemorragia. Ao afrouxar o torniquete, comprima o curativo sobre a ferida.
Enquanto estiver controlando a hemorragia, proceda da seguinte forma: Mantenha a vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando seu contato com o chão frio.

Intoxicações

Envenenamento
O que é: Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo, como drogas, gases, ervas venenosas, produtos químicos, comidas diferentes, etc.
Observe os sinais e sintomas Hálito característico, observar cor das mucosas, dor abdominal, dor ou sensação de queimadura na boca e garganta, tonturas, etc. Verifique se há possíveis produtos químicos ou drogas, nas proximidades da vítima. Ou vestígios de folhas venenosas na extremidade bucal
Venenos Ingeridos
O que fazer: Provoque o vômito. Dê o Antídoto Universal: duas partes de torradas queimadas, uma parte de leite de magnésia, uma parte de chá forte. Mantenha a vítima agasalhada. Respiração de Socorro (método Sylvester). Leve ao médico ou hospital o recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar para a assistência médica, tenha todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da vítima, como ela se encontra no momento e se possível o nome do produto ingerido não se esquecer de caneta e um papel para anotar possíveis condutas imediatas a serem feitas.
Cuidados: Não provoque vômito se a vítima tiver ingerido: soda cáustica, derivados de petróleo, como querosene, gasolina, líquido de esgueiro, removedores, ou ainda ácidos, água de cal, amônia, alvejantes de uso doméstico, tira-ferrugem, desodorante de banheiro. Não deixe o indivíduo ingerir álcool, azeite ou óleo. Evite que ele ande.
Casos particulares
Medicamentos

Dar de beber - provocar o vómito, a não ser que a vítima tenha perdido o conhecimento ou tenha cãibras.
Dar-lhe um preparado à base de carvão vegetal.
Levar ao médico.

Derivados do petróleo, lixívia ou ácidos
Não se deve provocar o vómito.
Dar nata, leite ou gelado à vítima.
Levar ao médico.
Venenos Aspirados
Observe os sinais: Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.
O que fazer: Arejar o ambiente e aplicar respiração pelo método de Sylvester.
Remova imediatamente para um hospital.

Casos particulares
Intoxicação por monóxido de carbono
Pode ser produzido por gás de iluminação ou pelos gases de escape dos motores. É uma asfixia produzida pela combinação do monóxido de carbono com a hemoglobina, a qual não pode efetuar o seu transporte normal de oxigénio através do sangue.
O intoxicado deve ser removido para o ar livre e despoluído e deve-se facilitar-lhe a respiração.
Intoxicação por gás
Levar a vítima imediatamente para o ar livre
Fechar a torneira de passagem de gás.
Abrir portas e janelas.
Em caso de paragem respiratória, praticar respiração boca a boca.
A vítima deverá repousar e ser transportada para o hospital.
Neste caso o socorrista deverá usar se possível, uma máscara de gás e ter o cuidado de evitar explosões.
Envenenamento através da pele
O que fazer: Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente. Poderá usar sabão.
Contaminação dos olhos
O que fazer: Lavar com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital.



Em qualquer suspeita de intoxicação deverá:
- Ligar (CIAV) Centro de Informação Anti-veneno ()
A qualquer hora do dia ou da noite será atendido por pessoal médico que lhe indicará as medidas a tomar em cada caso
2 - Manter a calma e preparar-se para responder às questões que lhe forem colocadas.3 - Procure sempre saber
Quem? (homem, mulher, criança)
O quê? (qual o produto em causa: medicamento, pesticida, detergente, planta etc.)
Como? (foi ingerido, inalado, atingiu a pele, olhos,...)
Quando? (há quanto tempo aconteceu?)
Quanto? (qual a quantidade?)
Estado do doente? (consciente, sonolento, vómitos, dor, etc.)
3 - Siga rigorosamente as instruções que lhe foram dadas pelo médico.

Mordidas de animais

Mordidas de cobras

Gravidade: Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas é fatal quando a vítima não é socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.

O que fazer: Deite a vítima e evite esforços desnecessários, pois o estímulo da circulação sanguínea espalha pelo corpo o veneno. Aproveite os primeiros 30 minutos para chupar o sangue local e sugar o veneno ou faça compressões com as mãos no local da mordida. Se não houver sangramento, tente retardar a circulação sanguínea. Aplicar compressas frias sobre o local da picada e conduzir imediatamente para o médico.

Cuidados: Evite que a vítima caminhe. Após 30 minutos a única solução é o encaminhamento médico. Arames, cordas ou barbantes não devem ser utilizados como garrote. Tente levar a cobra para identificação no hospital.
Diferenças entre venenosas e não venenosas: Venenosas – possuem fosseta lacrimal, cabeça triangular, olhos pequenos, cauda afinando abruptamente, escamas com desenhos irregulares, 02 presas no maxilar superior. Não venenosas – tem cabeça arredondada, olhos grandes, cauda longa e afinando gradativamente, dentes pequenos e mais ou menos iguais, não tem fosseta lacrimal.
Descrição: http://primeirossocorros.com/imagens/picadaanimais.jpg

Mordidas de animais raivosos
Cuidados: Quem for mordido por um animal deve suspeitar de raiva e mantê-lo em observação até prova em contrário. (10 dias). Mesmo vacinado o animal pode, às vezes, apresentar a doença. Todas as mordidas de animais devem ser vistas por médico.
O que fazer: Lave a ferida imediatamente com água e sabão. Pincele com mercúrio-cromo ou outro. Encaminhe a um médico.

Parto súbito

O Parto é um ato natural - chame um médico ou providencie transporte para um hospital, quando possível.

O que fazer: Cuidar da higiene das mãos, tesoura, barbante e panos limpos. Mantenha a calma, converse com a parturiente transmitindo-lhe confiança. Acomode-a em decúbito dorsal elevando seu tronco. Cubra seu abdômen com um lençol limpo e esteja preparado para segurar o bebê se este vier a nascer, até a chegada ao Hospital mais próximo, caso você esteja levando a parturiente num carro particular e o parto desencadear.
Cuidados: Não interfira no processo de parto. Não lave a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do RN. Ela protege a pele. Nenhuma medida deverá ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do bebê. Jamais puxe ou tracione o cordão umbilical ligado à mãe enquanto ela expulsa a placenta. Encaminhe sempre mãe e filho ao hospital mesmo que ambos estejam bem.
Cuidados com o recém-nascido: Se o mesmo não estiver respirando aplique-lhe respiração boca-boca.

Perda de conhecimento

O que fazer: quando se suspeitar que exista uma lesão na cabeça, deve colocar-se a pessoa que perdeu conhecimento em posição lateral de segurança (PLS), com as pernas mais elevadas que a cabeça.
Esta posição para além de impedir a obstrução das vias respiratórias pela língua, também impede a aspiração de líquidos ou sólidos (por exemplo, durante o vómito).
As vias respiratórias deverão ficar desobstruídas e se a respiração parar deverá proceder-se de imediato à respiração artificial boca a boca.
Deve afrouxar-lhe as peças de vestuário demasiado apertadas.
Nestes casos, a vítima deverá ser transportada a um hospital.

Nunca se deve dar de beber a quem tiver perdido o conhecimento.
Desmaio
O desmaio é uma forma corrente, e muitas vezes pouco perigosa, de perda de conhecimento.
Deve-se ao facto do cérebro receber insuficiente irrigação sanguínea e pode ser provocado por vários fatores - ar sufocante, esforço, emoção, dor, etc.
Sintomas: enjoo, amolecimento, palidez e suores frios.
O que fazer: uma pessoa que desmaiar ou estiver prestes a isso tem de ficar deitada e devem-se afrouxar as roupas apertadas.
P ara aumentar a irrigação sanguínea do coração e, portanto ao cérebro, devem-se elevar as pernas.
Apenas quando a pessoa tiver recuperado o conhecimento poderá ser dado algo para beber (na prática, a vítima só poderá beber quando for capaz de segurar o copo por ela própria).

Picadas de Inseto
Gravidade: Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos e podem correr risco de vida se não forem imediatamente atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves.
O que fazer: Retire o "ferrão" do inseto. Pressione o local. Aplique gelo ou lave em água fria. Procure socorro médico.
Picadas de escorpião, centopeia e aranha.
O que fazer: Procure um médico imediatamente. Na ausência ou falta do médico, aplique o soro específico, se possível dentro da primeira hora da mordida. Coloque compressa de álcool sobre o local da picada. Aplique também gelo ou compressas frias. Mantenha a vítima em repouso.
Picadas de abelha e vespa
O que fazer: Humedecer a picada com desinfetante.
Se o inchaço for muito grande ou se produzirem problemas respiratórios ou cardíacos (caso que sucede raras vezes) o médico deverá ser chamado.
Picadas de carrapato
O que fazer: Ao picar ele fica preso, pelo que se deve esfregar com petróleo ou azeite até se soltar. Se não, "desenrosca-se" em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.
Queimaduras
O que são: Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura.
Gravidade: Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de queimadura" e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros.
O que pode causar: Corpo em contato com: chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos superaquecidos ou incandescentes, substâncias químicas, emanações radioativas, radiações infravermelhas e ultravioletas e eletricidade.
Classificação das queimaduras: 
1º Grau – lesões das camadas superficiais da pele. Ex: raios solares.
2º Grau - formação de bolhas na área atingida
3º Grau - atinge tecidos mais profundos até o osso.
Gravidade: O risco de vida está na extensão da superfície atingida devido ao estado de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).
O que fazer: Prevenir o estado de choque. Controlar a dor e evitar contaminação.
Pequenas queimaduras
Atingem menos de 10% do corpo.
O que fazer: Lavar com água em abundância.
Grandes queimaduras (atingem mais de 10% do corpo)
O que fazer:
Colocar um pano bem limpo e humedecido (não fure as bolhas, evite tocar a área queimada).
Prevenir o estado de choque
Levar a hospital.
Queimaduras químicas (Ácida - soda cáustica, outros produtos químicos).
O que fazer: Pequenas - Lavar o local com água corrente. Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.

Cuidados: Não aplique unguentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras. Não retire corpos estranhos ou graxos das lesões. Não fure as bolhas existentes, nem toque com as mãos a área afetada.
Queimaduras nos olhos
O que pode causar: Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.
O que fazer: Lavar os olhos com soro fisiológico. Venda-los com gaze humedecida e levar ao médico com urgência.
Nota sobre incêndios nas pessoasO fogo deve ser extinto imediatamente. Se não houver extintor à mão, deve-se usar um cobertor ou algo semelhante. A água é boa extintora salvo nos incêndios de produtos que contenham óleos ou derivados do petróleo. Se as roupas contiverem óleos ou derivados devem ser retiradas assim que possível.
Quando se incendeiam as roupas: devem apagar-se rapidamente com água. Quando não houver água à mão, a vítima deve rebolar-se pelo chão, a pagando-lhe o fogo com um cobertor ou algo semelhante. Deve proteger-se o rosto das chamas. Nunca se deve correr com as roupas a arder
Resfriamento
Observe os sinais: Limitação dos movimentos dos membros, palidez facial, pele fria, cianose, lábios e extremidades, dores articulares semiconsciência e vertigens. A vitima começa a tiritar e sente-se cansada, deixando-se dominar pela apatia, fica tensa, o sono torna-se leve e ofusca-se lhe o conhecimento. Abaixo dos 30º, a temperatura do corpo influi na respiração e na atividade do coração e constitui uma ameaça direta contra a vida.
O que fazer: Deve manter-se a vítima ativa tentando aquecer a parte atingida com um banho morno, roupas quentes, exercícios, etc. O calor do corpo deverá ser recuperado lentamente, por exemplo, usando mantas.
Dar bebidas quentes como chá, café ou leite se a vítima tiver consciente.
Se a vítima perder o conhecimento deverá ser colocado na posição lateral de segurança 
(PLS).
No caso de paragem respiratória praticar respiração artificial boca a boca imediatamente.
Procurar auxílio médico rapidamente.
Transporte da vítima
Antes de providenciar a remoção da vítima 
Controle hemorragias e respiração.
Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas.
Evite e/ou controle o estado de choque.
Providencie uma maca.

Durante a remoção ou transporte
Em caso de ter que levantar o indivíduo, todo o seu corpo deve ser imobilizado e em particular a cabeça.
Para conduzir a um local seguro, puxe a vítima pelos pés, protegendo a cabeça ou pela cabeça.
Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas presentes.
No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os métodos de apoio, de cadeirinha, em cadeira, em braço, nas costas, ou pela extremidade, conforme as condições do local.
Poderá usar-se uma manta para servir de maca. Nesse caso, ao levantá-la terá de se manter a cabeça da vítima em cima e esticar lhe as articulações das ancas e dos joelhos para lhe manter as costas e os braços direitos.
Como fazer uma maca: Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes.
Descrição: http://primeirossocorros.com/imagens/transporte_01.jpg
Descrição: http://primeirossocorros.com/imagens/transporte_02.jpg

Nota: não sendo estritamente necessário não deverá transportar a vítima.